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O que Barbie e Oppenheimer te ensinam sobre rivalidade nos negócios?

Nem toda concorrência é ruim, na verdade, ela pode ser a melhor coisa para os negócios, desde que seja bem explorada

Publicado em 25 de Julho de 2023 às 02:28 PM

 

O mundo do cinema está em polvorosa com o lançamento de dois filmes que prometem marcar o ano: Barbie e Oppenheimer. Embora as propostas dos filmes sejam completamente diferentes, ambos têm em comum um aprendizado valioso sobre como a rivalidade nos negócios pode ser o sucesso.

 

O filme Barbie conta a história da boneca mais icônica do mundo sob uma ótica inovadora, abordando temas importantes como padrões de beleza e feminismo, tudo com doses de humor e críticas sociais. A narrativa conduz uma protagonista, Barbie, que foi expulsa do mundo cor-de-rosa por não se enquadrar nos padrões, em uma jornada de autoconhecimento para descobrir que a verdadeira beleza reside dentro de si mesma. As cores do mundo de Barbie remetem à nostalgia e à memória afetiva.

 

Por outro lado, Oppenheimer retrata um dos episódios mais sombrios da história da humanidade. O protagonista, Robert Oppenheimer, conhecido como o "pai da bomba atômica", é retratado em uma jornada pesada e dramática durante o projeto Manhattan, onde trabalhou em segredo ao lado de outros cientistas para desenvolver a bomba atômica. O filme é dirigido por Christopher Nolan e apresenta intensas interpretações de um elenco de peso, incluindo nomes como Cillian Murphy, Robert Downey Jr., Matt Damon e Emily Blunt.

 

Apesar das propostas distintas, ambos os filmes enfrentam dificuldades para divulgar seus lançamentos devido à greve de Hollywood. As cláusulas abusivas sobre o uso da imagem dos atores por inteligência artificiais e o aumento dos pagamentos na indústria cinematográfica levaram a um boicote generalizado. Muitos atores recusaram participar de coletivas de imprensa e eventos de divulgação dos filmes, o que impactou a promoção dessas produções. Barbie conseguiu uma compreensão razoável, mas precisou interrompê-la temporariamente antes do lançamento.

 

Falando sobre marketing e rivalidade, é notável a estratégia de marketing de guerrilha empregada pelos dois filmes. Ambos foram lançados no mesmo dia e, semanas antes, a imprensa começou a alimentar rumores sobre uma suposta rivalidade entre eles, o que gerou enormes mídias. Memes que uniam os dois filmes inundaram as redes sociais, e durante uma semana de lançamento, a internet ficou dividida entre Barbie e Oppenheimer.

 

O marketing de guerrilha tem sido utilizado por muitas empresas ao longo da história, como a rivalidade entre Pepsi e Coca-Cola, McDonald's e Burger King, ou até mesmo entre Cristiano Ronaldo e Messi. Quando empregada de forma inteligente, a rivalidade pode ser extremamente satisfatória para ambas as partes. No caso dos filmes, a rivalidade alimentou a curiosidade do público, levando mais pessoas a optarem por assistir a ambos os filmes. A escolha deixou de ser entre assistir ou não a um filme, e passou a ser qual dos dois filmes escolher.

 

Essa rivalidade estratégica resultou em um ganha-ganha para os dois filmes. Aqueles que já pretendiam assistir um dos filmes acabaram trocando a dúvida pela certeza, impulsionando as vendas de ambos. É por isso que ambos os filmes estão batendo recordes de bilheteria.

 

Essa experiência nos ensina que ter um "inimigo" nos negócios não precisa ser algo ruim, desde que essa rivalidade seja trabalhada de forma inteligente e estratégica para ambos os lados. Quando utilizada com habilidade, a rivalidade pode estimular o interesse do público e acompanhar o sucesso das produções, alcançando resultados surpreendentes para a indústria cinematográfica e proporcionando uma experiência única para os espectadores.

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