Onde os Milionários Investem suas Fortunas? Imóveis Seguem como Destaque
Segundo o "Relatório de Riqueza" de 2023, publicado anualmente pela consultora britânica de propriedades Knight Frank, essa tendência permanece forte entre os ultrarricos, conhecida pela sigla UHNWIs (Ultra High Net Worth Individuals)
Publicado em 05 de de 2023 às 05:14 PM

No mundo dos mega milionários, onde as opções de investimento são vastas e sofisticadas, é surpreendente descobrir que a maior parte do capital desses indivíduos continua sendo destinada aos residentes tradicionais. Segundo o "Relatório de Riqueza" de 2023, publicado anualmente pela consultora britânica de propriedades Knight Frank, essa tendência permanece forte entre os ultrarricos, conhecida pela sigla UHNWIs (Ultra High Net Worth Individuals).
A pesquisa abrangeu mais de 500 fontes, incluindo banqueiros privados, consultores de patrimônio e escritórios familiares, com o objetivo de mapear onde os ultrarriscos de todo o mundo estão alocando seus recursos financeiros. Os resultados revelaram que dois terços da fortuna dos UHNWIs são investidos em imóveis, divididos entre propriedades comerciais (34% do total, seja por posse direta ou indireta através de fundos de investimento ou fundos imobiliários) e residenciais residenciais (32%, abrangendo ambas as residências principais como secundárias).
Em comparação, a segunda classe de ativos mais procurada pelos milionários é composta por ações (26%), seguida por títulos públicos ou privados (17%) e private equity (capital de risco) com 9%.
A pesquisa também indicou um crescimento significativo no apetite por investimentos imobiliários de 2022 para 2023. Em média, cada milionário possui atualmente 3,7 imóveis, contra 2,9 registrados apenas um ano antes.
O relatório de 2023 destacou que os imóveis residenciais se tornaram a escolha número um para os super-ricos ao buscarem investimentos seguros, superando até mesmo o ouro tradicional, considerado um ativo "defensivo" em tempos de economia econômica.
A pandemia de covid-19 também desempenhou um papel importante nesse cenário. O desejo de mobilidade pelo mundo aumentou consideravelmente, com 13% dos UHNWIs planejando adquirir um segundo passaporte ou cidadania, o que representa apenas o início do que está sendo chamado de "boom dos nômades digitais".
Apesar do destaque dado aos imóveis, o ano de 2023 foi complicado para os indivíduos com patrimônio ultraelevado. Os UHNWIs enfrentaram uma perda coletiva de 10% em suas fortunas, totalizando impressionantes US$ 10,1 trilhões. Essa situação foi resultado do aumento das taxas de juros pelos bancos centrais em todo o mundo e do fim das políticas de injeção de dinheiro nas economias dos países.
Contudo, a Knight Frank acredita que as oportunidades surgirão novamente à medida que a economia global se recuperar no final deste ano. A expectativa é que a curva de juros das principais economias se aproxima do topo, e o sentimento negativo do mercado pode mudar rapidamente com o afrouxamento das taxas que foram aumentadas para conter a reflexão global.